Читаем A Tormenta de Espadas полностью

– Como pode dizer isso? Depois de todas as ameaças dele...

– Ameaças não querem dizer nada. Ele jura que não o fez.

– Oh, ele jura, então é isso? E os anões não mentem, é isso o que pensa?

– A mim, não. Assim como você.

– Seu grande idiota dourado. Ele mentiu para você mil vezes, e eu também. – Voltou a prender os cabelos e tirou a rede para cabelos da coluna da cama onde a pendurara. – Pense o que quiser. O monstrinho está numa cela negra, e em breve Sor Ilyn cortará sua cabeça. Talvez queira ficar com ela como recordação. – Lançou um relance à almofada. – Ele pode vigiá-lo enquanto você dorme sozinho naquela cama branca e fria. Até que os olhos apodreçam, pelo menos.

– É melhor ir embora, Cersei. Está me deixando bravo.

– Oh, um aleijado bravo. Que coisa assustadora. – Soltou uma gargalhada. – Pena que Lorde Tywin Lannister nunca tenha tido um filho. Eu poderia ter sido o herdeiro que ele queria, mas faltava-me o pau. E, a propósito, é melhor enfiar o seu para dentro, irmão. Tem um ar bastante tristonho e pequenino, assim pendurado nos calções.

Depois de ela ir embora, Jaime aceitou o seu conselho, lutando contra os cordões com uma só mão. Sentia uma dor fantasma nos dedos que lhe chegava aos ossos. Perdi uma mão, um pai, um filho, uma irmã e uma amante, e em breve perderei um irmão. E no entanto não param de me dizer que a Casa Lannister ganhou esta guerra.

Jaime envergou o manto e desceu, indo encontrar Sor Boros Blount bebendo uma taça de vinho na sala comum.

– Quando terminar a bebida, diga a Sor Loras que estou pronto para recebê-la.

Sor Boros era covarde demais para fazer muito mais do que uma carranca.

– Está pronto para receber quem?

– Limite-se a dizer isso a Loras.

– Sim. – Sor Boros esvaziou a taça. – Sim, Senhor Comandante.

Levou o seu tempo cuidando do assunto, porém, ou então foi o Cavaleiro das Flores que se mostrou difícil de achar. Tinham-se passado várias horas quando chegaram, o magro e belo jovem e a grande donzela feia. Jaime estava sentado sozinho na sala redonda, folheando ociosamente o Livro Branco.

– Senhor Comandante – disse Sor Loras –, desejava receber a Donzela de Tarth?

– Sim. – Jaime fez-lhes um gesto com a mão esquerda para que se aproximassem. – Falou com ela, suponho?

– Conforme ordenou, senhor.

– E?

O rapaz ficou tenso.

– Eu... as coisas podem ter acontecido como ela diz, sor. Talvez tenha sido Stannis. Não posso ter certeza.

– Varys diz que o castelão de Ponta Tempestade também faleceu de forma estranha – disse Jaime.

– Sor Cortnay Penrose – disse Brienne num tom triste. – Um bom homem.

– Um homem teimoso. Um dia pôs-se firmemente no caminho do Rei de Pedra do Dragão. No seguinte, saltou de uma torre. – Jaime levantou-se. – Sor Loras, conversaremos mais sobre isso mais tarde. Pode deixar Brienne comigo.

A garota parecia tão feia e desajeitada como sempre, Jaime concluiu quando o Tyrell os deixou. Alguém tinha voltado a vesti-la com roupa de mulher, mas esse vestido servia-lhe muito melhor do que aquele hediondo trapo cor-de-rosa que o bode a obrigara a usar.

– Azul é uma cor que lhe cai bem, senhora – observou Jaime. – Combina bem com os seus olhos. – Ela realmente tem uns olhos espantosos.

Brienne olhou-se de relance e perturbou-se.

– A Septã Donyse almofadou o corpete, para deixá-lo com esta forma. Disse que o mandou para mim. – A garota permanecia junto à porta, como se pretendesse fugir a qualquer segundo. – Está...

– Diferente? – conseguiu fazer um meio sorriso. – Mais carne sobre as costelas e menos piolhos no cabelo, é tudo. O coto é o mesmo. Feche a porta e venha cá.

Ela fez o que ele pediu.

– O manto branco...

– ... é novo, mas tenho certeza de que o sujarei bem depressa.

– Não era isso... eu ia dizer que lhe caía bem. – Brienne aproximou-se, hesitante. – Jaime, falava a sério quando disse aquilo a Sor Loras? Sobre... sobre o Rei Renly e a sombra?

Jaime encolheu os ombros.

– Eu teria matado Renly pessoalmente se tivéssemos nos encontrado em batalha, que me importa quem lhe cortou a garganta?

– Disse que eu tinha honra...

– Eu sou o maldito Regicida, esqueceu-se? Quando digo que tem honra, isso é como ter uma prostituta assegurando a sua virgindade. – Encostou-se para trás e ergueu os olhos para ela. – Pernas-de-Aço vai a caminho do Norte, para entregar Arya Stark a Roose Bolton.

– Entregou-a a ele? – gritou ela, consternada. – Prestou um juramento à Senhora Catelyn...

– Com uma espada encostada na garganta, mas deixemos isso de lado. A Senhora Catelyn está morta. Não poderia devolver as filhas a ela mesmo se as tivesse em meu poder. E a garota que o meu pai mandou com Pernas-de-Aço não é Arya Stark.

Não é Arya Stark?

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