– Este concede as ditas terras, rendimentos e castelo a Sor Emmon Frey e à senhora sua esposa, a Senhora Genna. – Sor Kevan apresentou ao rei outro maço de pergaminhos. Tommen mergulhou a pena no tinteiro e assinou. – Isto é um decreto de legitimação para um filho ilegítimo de Lorde Roose Bolton, do Forte do Pavor. E este nomeia Lorde Bolton como o seu Protetor do Norte. – Tommen punha tinta na pena e assinava, punha tinta na pena e assinava. – Este atribui a Sor Rolph Spicer direitos sobre o castelo de Castamere e eleva-o à categoria de lorde. – Tommen rabiscou seu nome.
– Este é o seu real perdão para Lorde Gawen Westerling, a senhora sua esposa e a filha Jeyne, aceitando-os de volta à paz do rei – disse Sor Kevan. – Isto é um perdão para Lorde Jonos Bracken de Barreira de Pedra. Este é para Lorde Vance. Este é para Lorde Goodbrook. Este para Lorde Mooton, de Lagoa da Donzela.
Jaime pôs-se em pé.
– Parece ter esses assuntos bem controlados, tio. Deixarei Sua Graça com o senhor.
– Como quiser. – Sor Kevan também se levantou. – Jaime, devia ir encontrar o seu pai. Essa discórdia entre vocês...
– ... é obra dele. E não irá remediá-la enviando-me presentes debochados. Diga-lhe isso, se conseguir descolá-lo dos Tyrell durante tempo suficiente.
O tio fez uma expressão angustiada.
– O presente foi sincero. Achamos que poderia encorajá-lo...
– ... a fazer crescer uma mão nova? – Jaime virou-se para Tommen. Embora tivesse os caracóis dourados e os olhos verdes de Joffrey, o novo rei pouco mais tinha em comum com o seu falecido irmão. Tinha tendência a engordar, seu rosto era rosado e redondo, e até gostava de ler.
– Como quiser, sor tio. – Tommen voltou a olhar para Sor Kevan. – Posso selá-los agora, tio-avô? – pressionar o selo real contra a cera quente era a parte de ser rei que preferia até agora.
Jaime saiu a passos largos da sala do conselho. Do lado de fora, à porta, foi encontrar Sor Meryn Trant, rígido e de guarda, em sua armadura de escamas brancas e manto alvo como a neve.
– Fique aqui até Sua Graça acabar – disse – e depois escolte-o de volta a Maegor.
Trant inclinou a cabeça.
– Às ordens, senhor.
Naquela manhã, o pátio exterior estava cheio de gente e ruídos. Jaime dirigiu-se aos estábulos, onde um grande grupo de homens selava os cavalos.
– Pernas-de-Aço! – chamou. – Vai embora?
– Assim que a senhora estiver montada – disse o Pernas-de-Aço Walton. – O senhor de Bolton espera-nos. Aí está ela.