Читаем A Tormenta de Espadas полностью

– Sor Jorah diz que quando eu deixar Astapor, deverá ser com um exército.

– O próprio Sor Jorah foi um comerciante de escravos, Vossa Graça – recordou-lhe o velho. – Há mercenários em Pentos, Myr e Tyrosh que você pode contratar. Um homem que mata por dinheiro não tem honra, mas pelo menos não é escravo. Encontre lá o seu exército, suplico à senhora.

– Meu irmão visitou Pentos, Myr, Bravos, quase todas as Cidades Livres. Os magísteres e arcontes alimentaram-no com vinho e promessas, mas mataram sua alma de fome. Um homem não pode jantar da tigela de pedinte a vida toda e continuar a ser homem. Eu experimentei isso em Qarth e foi o bastante. Não voltarei a Pentos de tigela na mão.

– Antes chegar como pedinte do que como senhora de escravos – disse Arstan.

– Fala alguém que não foi nenhum dos dois. – As narinas de Dany dilataram-se. – Sabe o que é ser vendido, escudeiro? Eu sei. Meu irmão vendeu-me a Khal Drogo em troca da promessa de uma coroa dourada. Bem, Drogo coroou-o de ouro, embora não da maneira que ele havia desejado, e eu... o meu sol e estrelas fez de mim uma rainha, mas se tivesse sido um homem diferente, as coisas poderiam ter acontecido de uma forma totalmente distinta. Acha que me esqueci de como é ter medo?

Barba-Branca inclinou a cabeça.

– Vossa Graça, não pretendi ofendê-la.

– Só as mentiras me ofendem, nunca os conselhos honestos. – Dany deu uma palmadinha na mão manchada de Arstan para sossegá-lo. – Tenho um gênio de dragão, é só isso. Não pode permitir que ele o atemorize.

– Tentarei me lembrar disso – Barba-Branca sorriu.

Ele tem rosto gentil e uma grande força, pensou Dany. Não conseguia compreender por que Sor Jorah desconfiava tanto do velho. Poderá sentir ciúmes por eu ter encontrado outro homem com quem conversar? Sem pedir licença, seus pensamentos voltaram àquela noite, no Balerion, em que o cavaleiro exilado a beijara. Ele nunca devia ter feito aquilo. É três vezes mais velho do que eu, e de um nascimento baixo demais para mim, e não lhe dei permissão. Nenhum verdadeiro cavaleiro beijaria uma rainha sem a sua permissão. Depois daquela noite, tinha tomado cuidado para nunca ficar sozinha com Sor Jorah, mantendo as aias consigo a bordo do navio, e às vezes também os companheiros de sangue. Ele deseja me beijar de novo, vejo em seus olhos.

Dany nem era capaz de começar a expressar aquilo que desejava, mas o beijo de Jorah tinha acordado alguma coisa dentro dela, algo que estivera adormecido desde a morte de Khal Drogo. Deitada em seu estreito beliche, dava por si perguntando-se sobre como seria ter um homem ao seu lado em vez de sua aia, e a ideia era mais excitante do que deveria ser. Às vezes fechava os olhos e sonhava com ele, mas nunca era com Jorah Mormont que sonhava; seu amante era sempre mais jovem e mais belo, embora o rosto de Sor Jorah nunca deixasse de surgir, como uma sombra em constante mutação.

Uma noite, tão atormentada que não conseguia dormir, Dany enfiou uma mão entre as pernas e ficou sobressaltada quando verificou quão molhada se encontrava. Quase sem se atrever a respirar, moveu os dedos para a frente e para trás entre seus lábios inferiores, lentamente para não acordar Irri, que dormia ao seu lado, até que encontrou um local especial e se demorou ali, tocando-se levemente, a princípio com timidez, mas depois mais depressa. Mesmo assim o alívio que desejava parecia afastar-se à sua frente, até que os dragões se agitaram e um deles soltou um grito na cabine, e Irri acordou e compreendeu o que ela estava fazendo.

Dany sabia que seu rosto estava corado, mas na escuridão Irri certamente não conseguiria ver. Sem uma palavra, a aia pôs uma mão num seio dela e depois debruçou-se para tomar um mamilo na boca. A outra mão deslocou-se ao longo da suave curva da sua barriga, através do montículo de finos pelos prateados, e começou a trabalhar entre as coxas de Dany. Não passaram mais do que alguns momentos antes que as suas pernas se contorcessem, seus seios se elevassem e todo o seu corpo estremecesse. Então gritou. Ou talvez tivesse sido Drogon. Irri não chegou a dizer nada, limitou-se a enrolar-se e a voltar ao sono no momento em que o ato foi concluído.

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