– O caso – disse Holmes, quando já estávamos em nossos aposentos em Baker Street, fumando e conversando – é um daqueles em que tivemos de raciocinar para o passado, das causas aos efeitos, como nos casos que você relatou com os títulos de “Um estudo em vermelho” e “O sinal dos quatro”. Escrevi a Lestrade pedindo-lhe para nos fornecer os detalhes que ainda faltam, e que ele só vai conseguir depois de prender o homem. Ele certamente vai conseguir isso porque, embora destituído de raciocínio, é tão persistente quanto um buldogue depois que entende o que tem de fazer e, na verdade, foi justamente a sua tenacidade que o levou até o topo na Scotland Yard.
– Quer dizer que o caso ainda não está completo? – perguntei.
– Nos fatos essenciais, sim. Sabemos quem é o autor do caso revoltante, embora ainda não tenhamos identificado uma das vítimas. Você, é claro, já tirou suas próprias conclusões.
– Eu acho que Jim Browner, o comissário de bordo da linha de Liverpool, é o homem de quem você suspeita.
– Oh, é mais do que suspeita.
– Mesmo assim não vejo mais do que vagos indícios.