Читаем A Tormenta de Espadas полностью

Já era noite cerrada do lado de fora das grandes janelas, e Galyeon continuava a cantar. Sua canção tinha setenta e sete versos, embora parecesse ter mil. Um para cada conviva presente no salão. Tyrion aguentou os últimos vinte e tantos bebendo, para ajudar a resistir à vontade de enfiar cogumelos nos ouvidos. Quando o cantor finalmente fez as suas vênias, alguns dos convidados estavam suficientemente bêbados para começar a apresentar seus próprios divertimentos involuntários. O Grande Meistre Pycelle adormeceu, enquanto dançarinos das Ilhas do Verão giravam e rodopiavam com vestimentas feitas de penas brilhantes e seda esfumaçada. Medalhões de alce recheados com queijo mofado maduro estavam sendo servidos quando um dos cavaleiros de Lorde Rowan apunhalou um dornês. Os homens de manto dourado arrastaram ambos para fora da sala, um para apodrecer numa cela e o outro para ser cosido pelo Meistre Ballabar.

Tyrion brincava com o bolo de carne de porco cozido em leite e temperado com canela, cravo, açúcar e leite de amêndoa, quando o Rei Joffrey se levantou subitamente.

Tragam os meus reais cavaleiros! – gritou, numa voz pesada de vinho, batendo as mãos.

Meu sobrinho está mais bêbado do que eu, pensou Tyrion enquanto os homens de manto dourado abriam as grandes portas no fundo do salão. Do local em que se encontrava sentado só conseguia ver o topo de duas lanças listradas quando dois homens a cavalo entraram lado a lado. Uma onda de gargalhadas seguiu-os pelo corredor central, na direção do rei. Devem vir montados em pôneis, concluiu... até surgirem à sua vista.

Os cavaleiros eram um par de anões. Um montava um feio cão cinzento, de pernas longas e maxilas pesadas. O outro montava uma imensa porca malhada. Armaduras de madeira pintada chocalhavam e estalavam enquanto os pequenos cavaleiros eram sacudidos para cima e para baixo em suas celas. Os escudos eram maiores do que eles e lutavam intrepidamente com as lanças enquanto avançavam, balançando de um lado para o outro e trazendo à tona rajadas de humor. Um cavaleiro vinha todo de dourado, com um veado negro pintado no escudo; o outro usava cinza e branco e trazia como símbolo um lobo. As montarias vinham albardadas da mesma forma.

Tyrion relanceou pelo estrado, para todos os rostos sorridentes. Joffrey estava vermelho e sem fôlego, Tommen gritava, aos saltos na cadeira, Cersei soltava risinhos polidos, e até Lorde Tywin parecia moderadamente estar se divertindo. De todos os que estavam sentados à mesa elevada, só Sansa Stark não sorria. Poderia tê-la amado por isso, mas na verdade os olhos da garota Stark encontravam-se longe, como se nem sequer tivesse visto os ridículos cavaleiros saltitando em sua direção.

Os anões não têm culpa, decidiu Tyrion. Quando terminarem, vou elogiá-los e dar uma gorda bolsa de prata a eles. E ao chegar a manhã, descobrirei quem planejou esta pequena diversão e tratarei de arranjar uma forma diferente de agradecer.

Quando os anões frearam as montarias sob o estrado para saudar o rei, o cavaleiro do lobo deixou o escudo cair. Ao inclinar-se para apanhá-lo, o cavaleiro do veado perdeu o controle de sua pesada lança e atingiu-o nas costas. O cavaleiro do lobo caiu da porca, e sua lança tombou e deu uma traulitada na cabeça do adversário. Ambos acabaram no chão, numa grande confusão. Quando se ergueram, ambos tentaram montar o cão. Seguiram-se muitos gritos e empurrões. Por fim, reconquistaram as selas, só que um montado no corcel do outro, segurando o escudo errado e virados para trás.

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