– É. – Sor Loras soltou uma gargalhada.
Sansa corou. Qualquer idiota teria compreendido que nenhuma mulher ficaria feliz por ser chamada de “Rainha dos Espinhos”.
Mas ele
Sor Balon Swann abriu a porta de Maegor para eles passarem. Estava também todo de branco, embora a cor nem de perto o vestisse tão bem quanto a Sor Loras. Para lá do fosso dos espigões, duas dúzias de homens treinavam com espadas e escudos. Com o castelo tão cheio, o pátio exterior fora dado aos visitantes, para ali levantarem suas tendas e pavilhões, deixando apenas os pátios interiores, menores, para os treinos. Um dos gêmeos Redwyne estava sendo encurralado por Sor Tallad, com os olhos postos em seu escudo. O atarracado Sor Kennos, de Kayce, que mostrava os dentes e bufava sempre que erguia a espada, parecia estar se defendendo bem contra Osney Kettleblack, mas o irmão de Osney, Sor Osfryd, castigava violentamente o escudeiro com cara de rã, Morros Slynt. Com ou sem espadas embotadas, Slynt teria uma rica safra de hematomas na manhã seguinte. Sansa estremeceu só de ver.
Na extremidade do pátio, um cavaleiro solitário, com um par de rosas douradas no escudo, defendia-se de três oponentes. Precisamente no momento em que Sansa os observava, o cavaleiro golpeou um dos oponentes na parte lateral da cabeça, deixando-o sem sentidos.
– Aquele é seu irmão? – perguntou Sansa.
– Sim, senhora – disse Sor Loras. – Garlan treina frequentemente contra três homens, ou mesmo quatro. Ele diz que em batalha é raro que se lute um contra um, e por isso gosta de estar preparado.
– Deve ser muito corajoso.
– É um grande cavaleiro – respondeu Sor Loras. – Na verdade, é melhor espadachim do que eu, embora eu seja melhor lanceiro.
– Eu me lembro – disse Sansa. – Cavalga maravilhosamente, sor.
– A senhora é amável por dizer tal coisa. Quando foi que me viu montar?
– No torneio da Mão, não se recorda? Montou um corcel branco, e sua armadura era feita de uma centena de diferentes espécies de flores. Você me deu uma rosa. Uma rosa
Sor Loras dirigiu-lhe um sorriso modesto.
– Disse apenas uma verdade simples, que qualquer homem com olhos pode ver.
– Foi depois de ter derrubado Sor Robar Royce – disse ela, desesperada.
Ele tirou a mão de seu braço.
– Matei Robar em Ponta Tempestade, senhora. – Não estava se vangloriando; sua voz soava triste.
– Foi quando Lorde Renly foi morto, não foi? Que coisa terrível para sua pobre irmã.
– Para Margaery? – a voz dele estava tensa. – Com certeza. Mas ela estava em Pontamarga. Não viu nada.
– Mesmo assim, quando ouviu a notícia...
Sor Loras afagou ligeiramente o cabo da espada com a mão. O punho era de couro branco, o botão, uma rosa de alabastro.
– Renly está morto. Robar também. Por que falar deles?
A aspereza em seu tom pegou-a desprevenida.
– Eu... senhor, eu... não pretendia ofendê-lo, sor.