Читаем A Tormenta de Espadas полностью

Obra dela e sua, cavaleiro da cebola. Suas remadas levaram-na a Ponta Tempestade na noite cerrada, para que ela pudesse libertar seu filho de sombra. Não está livre de culpa, ah não. Cavalgou sob o estandarte dela e içou-o em seu mastro. Viu os Sete arder em Pedra do Dragão e nada fez. Ela entregou ao fogo a justiça do Pai, e a misericórdia da Mãe, e a sabedoria da Velha. Ferreiro e Estranho, Donzela e Guerreiro, queimou todos para glória de seu deus cruel, e você ficou quieto e de boca fechada. Mesmo quando ela matou o velho Meistre Cressen, mesmo então, você não fez nada.

A vela estava a cem metros de distância e deslocava-se rapidamente pela baía. Em alguns momentos passaria por ele e começaria a minguar.

Sor Davos Seaworth começou a escalar o rochedo.

Impulsionou-se com mãos trêmulas, com a cabeça ardendo em febre. Duas vezes seus dedos mutilados deslizaram na pedra úmida e ele quase caiu, sem saber como conseguiu se segurar na rocha. Se caísse, morreria, e tinha de sobreviver. Pelo menos mais um pouco. Havia uma coisa que precisava fazer.

O topo do rochedo era estreito demais para que pudesse ficar em pé com segurança, fraco como estava, por isso acocorou-se e acenou com os braços descarnados.

Ô do navio – gritou ao vento. – Ô do navio, aqui, aqui! – Daquele ponto elevado conseguia ver o navio com mais clareza; o casco esguio e listrado, a figura de proa em bronze, a vela cheia. Havia um nome pintado em seu casco, mas Davos não tinha aprendido a ler. – Ô do navio – voltou a chamar –, ajudem-me, AJUDEM-ME!

Um tripulante no castelo de proa o viu e apontou em sua direção. Davos ficou vendo outros marinheiros deslocarem-se até a amurada e o encararem de boca aberta. Pouco depois, a vela da galé desceu, os remos deslizaram para fora, e ela deu a volta na direção de seu refúgio. O navio era grande demais para se aproximar muito do rochedo, mas, a trinta metros de distância, lançou um pequeno barco. Davos agarrou-se ao seu rochedo e observou o barco deslizar em sua direção. Quatro homens remavam, enquanto um quinto permanecia sentado à proa.

– Você – gritou o quinto homem quando já estavam a poucos metros da ilha –, você aí na rocha. Quem é?

Um contrabandista que chegou mais alto do que deveria, pensou Davos, um tolo que amou seu rei em excesso e esqueceu seus deuses.

– Eu... – sua garganta estava ressecada, e tinha se esquecido de como se falava. As palavras causaram-lhe uma sensação estranha na língua e soaram ainda mais estranhas aos ouvidos. – Estive na batalha. Era... um capitão, um... um cavaleiro, era um cavaleiro.

– Sim, sor – disse o homem –, e a serviço de que rei?

Davos percebeu de repente que a galé poderia pertencer a Joffrey. Se proferisse agora o nome errado, ela o abandonaria ao seu destino. Mas não, o casco do navio era listrado. Era uma galé lisena, era de Salladhor Saan. A Mãe enviara-a para aquele lugar, a Mãe em sua misericórdia. Tinha uma tarefa para ele. Stannis está vivo, soube então. Ainda tenho um rei. E filhos. Tenho outros filhos, e uma esposa leal e dedicada. Como era possível que tivesse esquecido? A Mãe era realmente misericordiosa.

– Stannis – gritou aos lisenos. – Deuses, sejam bons, sirvo o Rei Stannis.

– Sim – disse o homem no barco –, e nós também.

SANSA

O convite parecia bastante inocente, mas sempre que Sansa o lia, sua barriga dava um nó. Ela agora vai ser rainha, é bela e rica e todo mundo a adora, por que desejaria jantar com a filha de um traidor? Supunha que podia ser por curiosidade; talvez Margaery Tyrell quisesse avaliar a rival que havia afastado. Será que ela se ressente de mim? Será que pensa que tenho má vontade com ela...

Перейти на страницу: