Читаем A Tormenta de Espadas полностью

– Então há remos para remar.

– Contra a corrente? – Gendry franziu a testa. – Isso não seria devagar? E se o barco virar e cairmos na água? Seja como for, o barco não é nosso, é da estalagem.

Podíamos roubá-lo. Arya mordeu o lábio e nada disse. Desmontaram em frente aos estábulos. Não se via mais nenhum cavalo, mas Arya reparou no estrume fresco em muitas das cocheiras.

– Um de nós devia vigiar os cavalos – disse, cautelosa.

Tom ouviu-a.

– Não há necessidade disso, Pombinha. Venha comer, eles vão ficar suficientemente seguros.

– Eu fico – disse Gendry, ignorando o cantor. – Pode vir me buscar depois de ter comido alguma coisa.

Assentindo, Arya foi atrás de Torta Quente e Limo. Ainda levava a espada na bainha, a tiracolo, e mantinha uma mão perto do cabo do punhal que roubara de Roose Bolton, para o caso de não gostar do que quer que encontrassem lá dentro.

O letreiro pintado por cima da porta mostrava a imagem de um velho rei qualquer ajoelhado. Lá dentro ficava a sala comum, onde uma mulher feia e muito alta, com um queixo protuberante, estava em pé, de mãos no quadril, encarando-a com ar zangado.

– Não fique aí parado, menino – exclamou. – Ou é uma menina? Seja como for, está bloqueando a porta. Ou entra ou sai. Limo, que foi que eu disse a respeito do meu chão? Você está pura lama.

– Abatemos um pato. – Limo mostrou-o como uma bandeira de paz.

A mulher arrancou-o de sua mão.

– O que você quer dizer é que o Anguy abateu um pato. Tire as botas, você é surdo ou é só burro? – virou-se. – Marido! – chamou, em voz alta. – Venha aqui pra cima, os rapazes voltaram. Marido!

Um homem com um avental sujo subiu a escada da adega, resmungando. Era uma cabeça mais baixo do que a mulher, e tinha o rosto grumoso e uma pele amarelada e solta, que ainda mostrava as marcas de um tipo qualquer de varíola.

– Estou aqui, mulher, pare de berrar. O que foi agora?

– Pendure isto – disse ela, entregando-lhe o pato.

Anguy remexeu os pés.

– Estávamos pensando em comê-lo, Sharma. Com limões. Se tiver alguns.

– Limões. E onde iríamos arranjar limões? Você acha que está em Dorne, meu idiota sardento? Por que não dá um pulo lá atrás até os limoeiros e colhe um balde para a gente, e também algumas azeitonas e romãs das boas? – sacudiu um dedo em frente ao nariz dele. – Ora bem, suponho que podia cozinhá-lo com o manto do Limo, se quisesse, mas só depois que o pato passar uns dias pendurado. Ou você vai comer coelho, ou não vai comer. Coelho assado no espeto é o mais rápido, se tiver fome. Ou talvez o queira cozido, com cerveja e cebolas.

Arya quase conseguia sentir o gosto do coelho.

– Não temos dinheiro, mas trouxemos algumas cenouras e couves que poderíamos trocar com você.

– Ah, trouxe? E onde estão elas?

– Torta Quente, dê as couves para ela – disse Arya, e ele entregou, embora se aproximasse da velha tão cautelosamente como se ela fosse Rorge, Dentadas ou Vargo Hoat.

A mulher inspecionou bem os legumes, e melhor o garoto.

– Onde está essa torta quente?

– Aqui. Eu. É o meu nome. E ela é a... ah... Pombinha.

– Debaixo do meu teto, não. Dou nomes diferentes aos clientes e aos pratos, para distingui-los uns dos outros. Marido!

O Marido tinha ido até lá fora, mas, ao ouvir o grito da mulher, apressou-se a voltar.

– O pato está pendurado. O que foi agora, mulher?

– Lave estes legumes – ordenou ela. – Os outros, sentem-se enquanto eu começo a cuidar dos coelhos. O garoto vai lhes trazer bebidas. – Olhou ao longo de seu grande nariz para Arya e Torta Quente. – Não tenho o hábito de servir cerveja a crianças, mas a sidra acabou, não há vacas para dar leite, e a água do rio tem gosto de guerra, com todos os mortos que vêm à deriva. Se lhes servisse uma tigela de sopa cheia de moscas mortas, vocês a tomariam?

– Arry tomaria – disse Torta Quente. – A Pombinha, quero dizer.

– E Limo também – sugeriu Anguy, com um sorriso manhoso.

– Não se preocupe com Limo – disse Sharna. – Há cerveja para todos. – E desapareceu na direção da cozinha.

Anguy e Tom Sete-Cordas ocuparam a mesa perto da lareira, enquanto Limo pendurava seu grande manto amarelo num cabide. Torta Quente deixou-se cair pesadamente num banco, junto à mesa perto da porta, e Arya enfiou-se ao lado dele.

Tom pegou a harpa.

Uma estalagem solitária na estrada da floresta – cantou, inventando lentamente uma melodia que se adaptasse às palavras. – A mulher do estalajadeiro era feia como uma besta.

– Cale a boca, senão não vai ter coelho para ninguém – preveniu-o Limo. – Sabe como ela é.

Arya debruçou-se, aproximando-se de Torta Quente.

– Sabe manejar um veleiro? – perguntou. Antes de ele ter tempo de responder, um rapaz atarracado com quinze ou dezesseis anos apareceu com canecas de cerveja. Torta Quente pegou reverentemente a sua, com as duas mãos, e quando bebeu um trago, deu o sorriso mais largo que Arya já tinha visto nele.

– Cerveja – sussurrou – e coelho.

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