Читаем A Tormenta de Espadas полностью

– São nossos. – Arya observou-os cuidadosamente. O cantor tentava distraí-la com a sua conversa, mas o perigo estava no arqueiro. Se ele arrancar uma flecha do chão...

– Vão nos dizer seus nomes como homens honestos? – perguntou o cantor aos rapazes.

– Sou o Torta Quente – disse o Torta Quente de imediato.

– Ora, e que bom para você. – O homem sorriu. – Não é todos os dias que conheço um garoto com um nome tão saboroso. E como se chamam os seus amigos, Costeleta de Carneiro e Pombinha?

Gendry franziu a testa de cima de sua sela.

– Por que devo lhe dizer o meu nome? Ainda não ouvi o seu.

– Bom, não seja por isso, sou Tom de Seterrios, mas todos me chamam de Tom Sete-Cordas, ou então Tom das Sete. Este grande grosseirão com dentes marrons é o Limo, abreviatura de Manto Limão. Ele é amarelo, está vendo, e o Limo é um cara amargo. E este jovem rapaz aqui é Anguy, ou Arqueiro, como gostamos de chamá-lo.

– E agora, quem são vocês? – exigiu saber o Limo, na voz grave que Arya tinha ouvido através dos ramos do salgueiro.

Ela não ia revelar seu verdadeiro nome assim tão facilmente.

– Se quiser que seja Pombinha, sou Pombinha – disse. – Não me importo.

O grandalhão soltou uma gargalhada.

– Uma pombinha com uma espada – disse. – Ora, eis uma coisa que não se vê todos os dias.

– Eu sou o Touro – disse Gendry, imitando Arya. Não podia censurá-lo por preferir Touro a Costeleta de Carneiro.

Tom Sete-Cordas arrancou um acorde da harpa.

– Torta Quente, Pombinha e Touro. Fugidos da cozinha de Lorde Bolton, não?

– Como sabe? – quis saber Arya, inquieta.

– Tem o símbolo dele no peito, pequena.

Havia se esquecido disso por um instante. Sob o manto, ainda usava o gibão de pajem, com o homem esfolado do Forte do Pavor cosido no peito.

– Não me chame de pequena!

– Por que não? – disse Limo. – É bastante pequena.

– Sou maior do que era. Não sou uma criança. – As crianças não matam gente, e ela já havia feito isso.

– Já tinha percebido, Pombinha. Nenhum de vocês é criança, não se pertenciam a Bolton.

– Nunca fomos dele. – Torta Quente nunca sabia quando devia ficar calado. – Estávamos em Harrenhal antes de ele chegar, só isso.

– Então são filhotes de leão, é isso? – perguntou Tom.

– Também não. Não somos de ninguém. E vocês, são de quem?

Anguy, o Arqueiro, disse:

– Somos homens do rei.

Arya franziu a testa.

– Qual deles?

– O Rei Robert – disse Limo, com seu manto amarelo.

– Aquele velho bêbado? – perguntou Gendry em tom de escárnio. – Está morto, um javali qualquer matou-o, todo mundo sabe disso.

– Bem, rapaz – disse Tom Sete-Cordas –, e é uma pena. – Fez soar um acorde triste na harpa.

Arya não achava nem um pouco que eles fossem mesmo homens do rei. Pareciam-se mais com fora da lei, todos andrajosos e esfarrapados. Nem sequer tinham cavalos para montar. Homens do rei teriam cavalos.

Mas Torta Quente interveio ansiosamente.

– Andamos à procura de Correrrio – disse ele. – A quantos dias de viagem fica, vocês sabem?

Arya sentiu-se capaz de matá-lo.

– Cale-se, senão encho essa sua grande boca estúpida de pedras.

– Correrrio fica a uma longa distância para montante – disse Tom. – A uma distância longa e faminta. Não querem uma refeição quente antes de seguirem caminho? Há uma estalagem ali adiante, não muito longe, que é de uns amigos nossos. Podíamos dividir umas cervejas e um pouco de pão, em vez de lutar uns com os outros.

– Uma estalagem? – pensar em comida quente fez a barriga de Arya trovejar, mas não confiava naquele Tom. Nem todo mundo que nos falava de forma amistosa era realmente nosso amigo. – Fica perto, você diz?

– Três quilômetros a montante – disse Tom. – Uma légua, no máximo.

Gendry parecia tão incerto quanto ela.

– O que quer dizer com amigos? – perguntou ele com cautela.

– Amigos. Esqueceu-se do que são amigos?

– O nome da estalajadeira é Sharna – interveio Tom. – Tem uma língua afiada e um olho feroz, admito, mas o coração é bom e gosta de menininhas.

– Eu não sou uma menininha – disse Arya, zangada. – Quem mais está lá? Você disse amigos.

– O marido de Sharna, e um garoto órfão que eles acolheram. Não lhe farão mal. Há cerveja, se achar que já tem idade. Pão fresco e talvez um pouco de carne. – Tom olhou de relance para o chalé. – E mais o que quer que tenham roubado do jardim do Velho Pate.

– Não roubamos nada – disse Arya.

– Então será que é filha do Velho Pate? Uma irmã? Uma esposa? Não minta para mim, Pombinha. Fui eu mesmo quem enterrou o Velho Pate, bem ali, debaixo daquele salgueiro onde estava escondida, e você não se parece com ele. – Arrancou da harpa um som triste. – Enterramos muitos bons homens neste último ano, mas não queremos enterrar você, juro pela minha harpa. Arqueiro, mostre-lhe.

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