Читаем A Tormenta de Espadas полностью

– Esta é a Estalagem do Ajoelhado, senhora. Fica no exato local onde o último Rei no Norte ajoelhou perante Aegon, o Conquistador, para lhe oferecer a sua submissão. Suponho que seja ele retratado na tabuleta.

– Torrhen tinha trazido suas forças ao sul depois da queda dos dois reis no Campo de Fogo – disse Jaime –, mas quando viu o dragão de Aegon e o tamanho da sua tropa, escolheu o caminho sensato, e dobrou seus joelhos gelados. – Interrompeu-se ao ouvir o relincho de um cavalo. – Cavalos no estábulo. Pelo menos um. – E um é tudo que preciso para deixar a garota para trás. – Vamos ver quem está em casa, que tal? – Sem esperar resposta, Jaime seguiu tinindo ao longo da doca, encostou um ombro na porta, abriu-a com um empurrão...

... e viu-se frente a frente com uma besta carregada. Em pé, atrás dela, estava um atarracado garoto de quinze anos.

– Leão, peixe ou lobo? – exigiu saber o jovem.

– Tínhamos esperança de que houvesse um capão. – Jaime ouviu os companheiros entrando atrás dele. – A besta é uma arma de covarde.

– Espeto um dardo em seu coração mesmo assim.

– Talvez. Mas antes que possa voltar a carregá-la, o meu primo aqui derrama suas tripas pelo chão.

– Não assuste o rapaz – disse Sor Cleos.

– Não lhe desejamos nenhum mal – disse a garota. – E temos moedas para pagar por comida e bebida. – Tirou uma peça de prata da bolsa.

O rapaz olhou desconfiado para a moeda e depois para as algemas de Jaime.

– Por que é que ele está acorrentado?

– Matei alguns besteiros – disse Jaime. – Tem cerveja?

– Sim. – O rapaz baixou a besta dois centímetros. – Soltem os cintos das espadas e deixem-nos cair, e pode ser que lhes demos de comer. – Deu a volta cautelosamente para espiar através dos espessos vidros das janelas, em forma de losango, e ver se havia mais alguém lá fora. – Aquela é uma vela Tully.

– Viemos de Correrrio. – Brienne desafivelou o cinto e deixou-o retinir no chão. Sor Cleos imitou-a.

Um homem pálido com um rosto bexiguento e pouco saudável entrou pela porta da adega com um pesado cutelo de açougueiro na mão.

– São três, hã? Temos carne de cavalo suficiente para três. O cavalo era velho e rijo, mas a carne ainda está fresca.

– Tem pão? – perguntou Brienne.

– Pão duro e bolos de aveia amanhecidos.

Jaime abriu um sorriso.

– Ora, eis um estalajadeiro honesto. Todos nos servem pão amanhecido e carne fibrosa, mas a maioria não admite isso tão claramente.

– Não sou estalajadeiro coisa nenhuma. Enterrei-o lá atrás, com as mulheres.

– Matou-os?

– E eu lhe diria se o tivesse matado? – o homem escarrou. – O mais provável é que tenha sido trabalho de lobos, ou talvez de leões, qual é a diferença? Eu e a mulher os encontramos mortos. Da maneira que vemos as coisas, o lugar agora é nosso.

– Onde está essa sua mulher? – perguntou Sor Cleos.

O homem deu-lhe uma olhada desconfiada de viés.

– E por que é que quer saber isso? Não está aqui... tal como vocês não estarão, a menos que eu goste do sabor da sua prata.

Brienne atirou-lhe a moeda. Ele apanhou-a no ar, mordeu-a e enfiou-a no bolso.

– Ela tem mais – anunciou o garoto com a besta.

– Se tem. Rapaz, vá lá embaixo e traga-me algumas cebolas.

O moço colocou a besta no ombro, lançou um último olhar mal-humorado e desapareceu na adega.

– Seu filho? – perguntou Sor Cleos.

– Só um garoto que eu e a mulher acolhemos. Tínhamos dois filhos, mas os leões mataram um deles e o outro morreu de diarreia. O rapaz perdeu a mãe para os Saltimbancos Sangrentos. Nos dias de hoje, um homem precisa de alguém que fique de vigia enquanto dorme. – Indicou as mesas com o cutelo. – Pois bem, podem se sentar.

A lareira estava fria, mas Jaime escolheu a cadeira mais próxima das cinzas e estendeu suas longas pernas por baixo da mesa. O tinir das correntes acompanhava o menor de seus movimentos. Um ruído irritante. Antes de isso acabar, ainda enrolo estas correntes em volta da garganta da garota, veremos se ela gosta delas então.

O homem que não era estalajadeiro chamuscou três enormes bifes de cavalo e fritou as cebolas em gordura de bacon, o que quase compensou os bolos de aveia amanhecidos. Jaime e Cleos beberam cerveja, Brienne, uma taça de sidra. O rapaz manteve distância, empoleirado num barril de sidra com a besta pousada nos joelhos, pronta para disparar. O cozinheiro serviu-se de uma caneca de cerveja e sentou-se com eles.

– Quais são as notícias de Correrrio? – perguntou a Sor Cleos, tomando-o por chefe do grupo.

Sor Cleos olhou Brienne de relance antes de responder.

– Lorde Hoster está moribundo, mas o filho defende os vaus do Ramo Vermelho contra os Lannister. Houve batalhas.

– Há batalhas por todo lado. Para onde vão, sor?

– Porto Real. – Sor Cleos limpou a gordura dos lábios.

O anfitrião resfolegou.

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