Читаем A Tormenta de Espadas полностью

– Carregar o trabuco com estrepes – disse Jon. – Owen, Barricas, virem as catapultas para o centro. Balistas, carregar com lanças incendiárias e disparar às minhas ordens. – Apontou para os rapazes de Vila Toupeira. – Você, você e você, fiquem à espera com archotes.

Os arqueiros selvagens disparavam ao avançar; precipitavam-se para a frente, paravam, disparavam e depois corriam mais dez metros. Eram tantos que o ar estava constantemente cheio de flechas, todas elas em voos lamentavelmente curtos. Um desperdício, pensou Jon. Sua falta de disciplina está se revelando. Os arcos de chifre e madeira do povo livre, menores, tinham um alcance mais reduzido do que os grandes arcos de teixo da Patrulha da Noite, e os selvagens estavam tentando disparar contra homens que se encontravam duzentos metros acima deles.

Deixem-nos disparar – disse Jon. – Esperar. Aguentar. – Os mantos batiam atrás deles. – Temos o vento na cara, isso irá custar-nos alcance. Esperar. – Mais perto, mais perto. As gaitas de foles gemiam, os tambores trovejavam, as flechas dos selvagens esvoaçavam e caíam.

PUXAR. – Jon levantou o próprio arco e puxou a flecha até a orelha. Cetim fez o mesmo, e o mesmo fizeram Grenn, Owen Idiota, Bota Extra, Jack Negro Bulwer, Arron e Emrick. Zei levou a besta ao ombro. Jon observava o aríete que se aproximava cada vez mais, com os mamutes e gigantes a acompanhá-lo pesadamente de ambos os lados. Pareciam tão pequenos que Jon poderia esmagar a todos com uma mão. Se ao menos a minha mão fosse suficientemente grande. Começaram a atravessar a extensão coberta de cadáveres. Uma centena de corvos levantou voo da carcaça do mamute morto quando os selvagens passaram trovejando por ela. Mais perto e ainda mais perto até que... – DISPARAR!

As flechas negras silvaram para baixo, como serpentes em asas de penas. Jon não esperou para ver onde caíam. Estendeu a mão para uma segunda flecha assim que a primeira deixou o seu arco.

ENCAIXAR. PUXAR. DISPARAR. – Assim que a flecha partiu, pegou outra. – ENCAIXAR. PUXAR. DISPARAR. – E outra vez, e depois outra vez. Jon gritou pelo trabuco, e ouviu um rangido e um pesado tum quando uma centena de estrepes de aço cheias de espigões partiram girando pelo ar. – Catapultas – gritou –, balistas. Arqueiros, disparar à vontade. – Flechas dos selvagens atingiam a Muralha, trinta metros abaixo deles. Um segundo gigante girou e cambaleou. Encaixar, puxar, disparar. Um mamute virou de encontro a outro que seguia ao seu lado, derrubando gigantes ao chão. Encaixar, puxar, disparar. Viu que o aríete estava caído e quebrado, com os gigantes que o tinham empurrado mortos ou agonizando. – Flechas incendiárias – gritou. – Quero o aríete queimando. – Os berros dos mamutes feridos e os gritos ressonantes dos gigantes misturavam-se com os tambores e as gaitas, criando uma música horrível, mas seus arqueiros continuavam puxando e disparando, como se todos tivessem se tornado tão surdos quanto o falecido Dick Follard. Podiam ser a escória da ordem, mas eram homens da Patrulha da Noite, ou tão perto disso que não fazia diferença. É por isso que não passarão.

Um dos mamutes corria, descontrolado, atingindo selvagens com a tromba e esmagando arqueiros debaixo das patas. Jon puxou seu arco uma vez mais e lançou outra flecha contra o dorso felpudo do animal, para incentivá-lo a continuar. Para leste e para oeste, os flancos da tropa dos selvagens tinham chegado à Muralha sem oposição. As bigas aproximaram-se do centro ou viraram enquanto os cavaleiros davam voltas sem rumo, sem objetivo, sob a enorme falésia de gelo.

No portão! – soou um grito. Talvez o Bota Extra. – Mamute no portão!

– Fogo – ladrou Jon. – Grenn, Pyp.

Grenn pôs o arco de lado, derrubou um barril de óleo e rolou-o até a borda da Muralha, onde Pyp fez saltar a rolha que o selava com uma martelada, enfiou no orifício um pano torcido e o incendiou com um archote. Empurraram-no juntos borda afora. Trinta metros abaixo, o barril atingiu a Muralha e estourou, enchendo o ar com tábuas estilhaçadas e óleo fervente. Grenn já estava rolando um segundo barril até o precipício, e Barricas também tinha um. Pyp incendiou-os a ambos.

Acertaram! – gritou Cetim, esticando tanto a cabeça que Jon teve certeza de que estava prestes a cair. – Acertaram, acertaram, ACERTARAM! – Ouviu o rugido do fogo. Um gigante em chamas surgiu no seu campo de visão, tropeçando e rolando no chão.

Перейти на страницу:
Нет соединения с сервером, попробуйте зайти чуть позже