Читаем A Fúria dos Reis полностью

E que metal é Robb? Jon não perguntou. Noye era um homem dos Baratheon; o mais certo era que considerasse Joffrey o rei de direito, e Robb, um traidor. Na irmandade da Patrulha da Noite, havia um pacto tácito de não sondar com muita profundidade esses assuntos. Os homens que chegavam à Muralha vinham de todos os Sete Reinos, e os antigos amores e lealdades não eram esquecidos com facilidade, não importava quantos juramentos um homem fizesse… Assim como o próprio Jon tinha bons motivos para saber. Até Sam… A Casa do pai estava juramentada a Jardim de Cima, e Lorde Tyrell apoiava o Rei Renly. Era melhor não falar dessas coisas. A Patrulha da Noite não tomava partido.

– Lorde Mormont nos espera – Jon disse.

– Que não seja por mim que se atrase a encontrar o Velho Urso – Noye deu uma batidinha no seu ombro e sorriu. – Que os deuses o acompanhem amanhã, Snow. Traz de volta esse seu tio, está me ouvindo?

– Traremos – Jon prometeu.

O Senhor Comandante Mormont tinha se instalado na Torre do Rei depois do incêndio que havia devastado a sua. Jon deixou Fantasma com os guardas na porta.

– Mais escadas – Sam reclamou em tom infeliz quando começaram a subir. – Detesto escadas.

– Bem, essa é uma coisa que não enfrentaremos na floresta.

Quando entraram no aposento privado, o corvo os viu de imediato. “Snow!”, guinchou a ave. Mormont interrompeu a conversa.

– Demorou bastante tempo com esses mapas – afastou os restos do café da manhã para arranjar espaço na mesa. – Ponha-os aqui. Darei uma olhada neles mais tarde.

Thoren Smallwood, um patrulheiro nervoso, com um queixo fraco e uma boca ainda mais fraca, escondida sob uma fina barba desordenada, dirigiu a Jon e a Sam um olhar frio. Tinha sido um dos homens de confiança de Alliser Thorne, e não nutria nenhuma amizade por nenhum deles.

– O lugar do Senhor Comandante é em Castelo Negro, senhoreando e comandando – disse a Mormont, ignorando os recém-chegados –, me parece.

O corvo bateu suas asas negras. “Me, me, me.

– Se algum dia se tornar Senhor Comandante, poderá fazer o que desejar – Mormont respondeu ao patrulheiro. – Mas, parece-me que ainda não morri, e que os irmãos não puseram você no meu lugar.

– Com Ben Stark perdido e Sor Jaremy morto, sou agora Primeiro Patrulheiro – teimou Smallwood. – O comando devia ser meu.

Mormont não concordava.

– Enviei Ben Stark, e Sor Waymar antes dele. Não pretendo mandar você atrás deles e ficar aqui sentado, perguntando a mim mesmo quanto tempo deverei esperar até considerá-lo perdido também. E Stark continua a ser Primeiro Patrulheiro, até sabermos com certeza que está morto. Se esse dia chegar, serei eu, e não você, quem nomeará o seu sucessor. E agora, pare de me fazer perder tempo. Partimos à primeira luz da aurora, ou será que se esqueceu?

Smallwood pôs-se em pé.

– Às ordens do meu senhor.

Enquanto se encaminhava para a saída, franziu as sobrancelhas para Jon, como se aquilo de alguma maneira fosse culpa sua.

– Primeiro Patrulheiro! – os olhos do Velho Urso fixaram-se em Sam. – Antes nomearia você Primeiro Patrulheiro. Tem o topete de me dizer na cara que sou velho demais para ir com ele. Pareço velho para você, rapaz? – os pelos que tinham desaparecido do couro cabeludo manchado de Mormont tinham se reagrupado sob seu queixo, numa hirsuta barba cinza que cobria a maior parte do seu peito. Então, deu uma pancada forte no próprio peito. – Pareço frágil?

Sam abriu a boca e soltou um pequeno guincho. O Velho Urso aterrorizava-o.

– Não, senhor – Jon interveio rapidamente. – Parece forte como um… um…

– Não tente me enganar, Snow, sabe bem que não consegue. Deixe-me dar uma olhada nesses mapas – Mormont passou os olhos rapidamente, dando não mais do que um grunhido para cada um deles. – Isto foi tudo o que conseguiu encontrar?

– Eu… m-m-meu senhor – Sam gaguejou –, havia… havia mais, m-m-mas… a des-desordem…

– Estes são velhos – queixou-se Mormont, e o corvo serviu de eco com um grito penetrante de “Velhos, velhos”.

– As aldeias podem ir e vir, mas os montes e os rios estarão sempre nos mesmos lugares – Jon observou.

– É verdade. Já escolheu seus corvos, Tarly?

– O M-m-meistre Aemon p-pretende e-escolhê-los ao cair da noite, depois de a-a-alimentá-los.

– Quero os melhores que tiver. Aves inteligentes e fortes.

Fortes”, disse a ave dele, alisando as penas. “Fortes, fortes.”

– Se acabarmos sendo todos massacrados lá fora, quero que meu sucessor saiba onde e como morremos.

A conversa sobre massacres deixou Samwell Tarly sem fala. Mormont inclinou-se para a frente.

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