Читаем Sherlock Holmes - Edicao completa полностью

– Bem, o sr. Douglas não apareceu. O que ele fez a seguir? Deixou a bicicleta e aproximou-se da casa ao anoitecer. Encontrou a ponte abaixada e ninguém por perto. Aproveitou a oportunidade pensando, sem dúvida, em dar alguma desculpa se encontrasse com alguém. Não encontrou ninguém. Entrou furtivamente no primeiro cômodo que viu e escondeu-se atrás da cortina. Dali ele pôde ver a ponte ser levantada e sabia que sua única possibilidade de fuga seria pelo fosso. Ele esperou até 22:45h, quando o sr. Douglas, em sua ronda noturna, entrou no escritório. Ele o acertou e fugiu, como planejado. Ele sabia que o pessoal do hotel falaria sobre a bicicleta e que isso seria uma pista para achá-lo. Então deixou-a lá e seguiu de alguma outra forma para Londres ou para algum esconderijo seguro que já tivesse providenciado. O que acha, sr. Holmes?

– Bem, sr. Mac, muito bom e muito claro até aí. Esse é o seu final da história. Meu final é que o crime foi cometido meia hora mais cedo do que o relatado; que a sra. Douglas e o sr. Barker estão envolvidos numa conspiração para esconder algo; que eles ajudaram a fuga do assassino (ou, pelo menos, que chegaram ao escritório antes que o assassino tivesse fugido) e que forjaram provas da fuga pela janela, enquanto, com toda certeza, eles mesmos abaixaram a ponte para que o assassino fugisse. É assim que eu vejo a primeira metade.

Os dois detetives sacudiram a cabeça.

– Bem, sr. Holmes, se isso é verdade, saímos de um mistério e entramos em outro – disse o inspetor de Londres.

– E, de certa forma, um mistério pior – acrescentou White Mason. A senhora nunca esteve na América em toda a sua vida. Que ligação ela poderia ter com um assassino americano que fizesse com que o acobertasse?

– Eu reconheço as dificuldades – disse Holmes. – Pretendo fazer uma investigação sozinho hoje à noite, e talvez isso possa esclarecer alguma coisa.

– Podemos ajudá-lo, sr. Holmes?

– Não, não! Trevas e o guarda-chuva de Watson. Meus desejos são simples. E Ames, o leal Ames. Não há dúvida de que ele me fará essa concessão. Todas as minhas linhas de pensamento me levam de volta a uma pergunta básica: por que um homem de porte atlético desenvolve seu físico com um aparelho tão incomum quanto o halter simples?

Já era bem tarde da noite quando Holmes voltou de sua investigação solitária. Dormíamos num quarto com duas camas, que foi a melhor coisa que a hospedaria pôde nos arranjar. Eu já estava dormindo quando fui meio despertado pela entrada dele.

– Como é, Holmes – eu murmurei –, descobriu alguma coisa?

Ele ficou ao meu lado em silêncio, com a vela na mão. Depois, aquela figura alta e magra se inclinou na minha direção.

– Watson – ele sussurrou – você teria medo de dormir no mesmo quarto com um lunático, um homem de miolo mole, um idiota que perdeu o juízo?

– De modo algum – eu respondi, perplexo.

– Que sorte – ele disse, e não pronunciou nem mais uma palavra naquela noite.

A Solução

Na manhã seguinte, após o café, encontramos o inspetor MacDonald e o sr. White Mason sentados no saguão da delegacia e conversando de maneira reservada. Na mesa diante deles havia algumas cartas e telegramas, que separavam e anotavam cuidadosamente. Havia três cartas separadas.

– Ainda na pista do ciclista misterioso? – Holmes perguntou jovialmente. – Quais as últimas sobre o malandro?

MacDonald apontou com pesar para a pilha de correspondência.

– No momento ele está sendo procurado em Leicester, Nottinghan, Southampton, Derby, East Ham, Richmond e em outros 14 lugares. Em três deles, East Ham, Leicester e Liverpool, há uma acusação formal contra ele e, na verdade, ele já foi preso. Parece que o país está cheio de fugitivos com sobretudos amarelos.

– Puxa! – disse Holmes, de modo simpático. – Agora, sr. Mac e sr. White Mason,

eu gostaria de lhes dar um conselho muito sério. Quando entrei nesse caso com os senhores, disse, como devem se lembrar, que eu não lhes apresentaria teorias que não estivessem totalmente provadas. Ao contrário, eu iria guardando tudo e trabalhando por minha conta até me convencer de que minhas teorias estavam certas. Por esse motivo não estou lhes dizendo agora tudo que tenho em mente. Por outro lado, eu disse que os ajudaria e não acho que seja ajudá-los permitir que os senhores desperdicem suas energias num trabalho inútil. Por isso vim aqui para aconselhá-los. E meu conselho se resume nestas palavras: abandonem o caso.

MacDonald e White Mason olharam com perplexidade para o colega famoso.

– O senhor o considera sem solução? – exclamou o inspetor.

– Acho que este caso que os senhores estão tentando resolver é sem solução. Não considero sem solução chegar à verdade.

– Mas esse ciclista. Ele não é uma invenção. Temos a descrição dele, sua valise, sua bicicleta. Esse sujeito deve estar em algum lugar. Por que não haveríamos de pegá-lo?

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