Читаем Sherlock Holmes - Edicao completa полностью

Quando John Mason foi embora, Holmes pôs mãos à obra, fazendo um exame cuidadoso dos túmulos, que iam desde um túmulo muito antigo, no centro, que parecia ser de um saxão, passando por uma longa fileira de túmulos normandos, hugos e odos, até chegar aos esquifes de sir William e de sir Denis Falder, do século XVIII. Levou uma hora ou mais até que Holmes chegasse a um esquife de chumbo, colocado em pé, antes da entrada para o subterrâneo. Ouvi seu grito de satisfação e tive certeza, pelos seus movimentos apressados mas decididos, de que ele havia atingido o seu objetivo. Com sua lente, ele estava examinando ansiosamente as bordas da tampa pesada. Em seguida tirou do bolso um pé-de-cabra curto, que introduziu numa fenda, suspendendo toda a parte da frente, que parecia estar presa apenas por um par de grampos. Ouviu-se um ruído, como se algo estivesse sendo rasgado ou despedaçado, enquanto a tampa cedia, mas ela girou com dificuldade sobre as dobradiças, revelando parcialmente seu conteúdo, antes que fôssemos interrompidos de modo imprevisto.

Alguém estava caminhando em cima, na capela. Era o passo firme e rápido de quem veio com um objetivo definido e conhecia bem o chão onde pisava. Uma luz jorrou de cima das escadas, e um minuto depois o homem que a segurava apareceu emoldurado pelo arco gótico. Era uma figura medonha, de estatura colossal e jeito feroz. Uma grande lanterna de cocheira, que ele segurava à sua frente, iluminou um rosto enérgico, um bigode espesso e olhos coléricos que examinavam cada recesso do subterrâneo, fixando-se por fim, com uma expressão sinistra, em meu amigo e em mim.

– Quem diabo são vocês? – ele vociferou. – E o que estão fazendo dentro de minha propriedade? – Então, como Holmes não respondesse, avançou alguns metros e ergueu uma pesada bengala que carregava. – Vocês estão me ouvindo? – gritou. – Quem são vocês? O que estão fazendo aqui? – Seu bastão agitou-se no ar.

Mas, em vez de apavorar-se, Holmes avançou  na direção dele.

– Eu também tenho uma pergunta para fazer-lhe, sir Robert – ele disse no seu tom de voz mais áspero. – Quem está aí dentro? E o que está fazendo aqui?

Ele virou-se e abriu a tampa do caixão atrás dele. Sob a luz da lanterna, vi um corpo enfaixado da cabeça aos pés em um lençol, com feições horríveis de bruxa, só nariz e queixo, olhos opacos e vidrados, num rosto desbotado e em decomposição.

O baronete cambaleou para trás com um grito e apoiou-se num sarcófago de pedra.

– Como o senhor soube disto? – ele perguntou. E em seguida, novamente com o seu jeito grosseiro: – O que é que os senhores têm a ver com isto?

– Meu nome é Sherlock Holmes – disse meu amigo. – Talvez o nome lhe seja familiar. De qualquer modo, meu negócio é o mesmo de todos os bons cidadãos – defender a lei. Parece que o senhor tem muito a explicar.

Sir Robert nos dirigiu um olhar penetrante, mas a voz de Holmes, tranqüila e fria, e suas maneiras seguras surtiram efeito.

– Por Deus, sr. Holmes, está bem – ele disse. – Tudo parece ser contra mim, admito, mas eu não podia agir de outra maneira.

– Gostaria de pensar assim, mas acho que as suas explicações devam ser dadas à polícia.

Sir Robert encolheu seus ombros largos.

– Bem, se tiver que ser assim, que seja. Venham até a casa e poderão julgar por si mesmos.

Quinze minutos depois estávamos no que imaginei ser a sala de armas da casa, pelas armas de fogo enfileiradas atrás de protetores de vidro. Era uma sala confortavelmente mobiliada, e lá sir Robert deixou-nos a sós durante alguns momentos. Ao voltar, vinha acompanhado por duas pessoas, uma delas a jovem de rosto muito pintado, que víramos na carruagem, a outra, um homem com cara de rato e maneiras desagradavelmente furtivas. Os dois pareciam muito espantados, o que demonstrava que o baronete ainda não tivera tempo de explicar-lhes o rumo que os acontecimentos haviam tomado.

– Estes – disse sir Robert, com um aceno de mão – são o senhor e a senhora Norlett. A senhora Norlett, com o nome de solteira Evans, foi durante alguns anos a criada de confiança de minha irmã. Eu os trouxe aqui porque acho que o melhor a fazer é explicar aos senhores a verdadeira situação, e eles são as duas únicas pessoas no mundo que podem provar o que digo.

– Isto é necessário, sir Robert? O senhor pensou no que está fazendo? – exclamou a mulher.

– Quanto a mim, nego completamente toda a responsabilidade – disse o marido dela.

Sir Robert lançou-lhe um olhar de desprezo. – Assumo toda a responsabilidade – disse ele. – Agora, sr. Holmes, ouça um relato verdadeiro dos fatos.

– O senhor, evidentemente, investigou meus negócios a fundo, ou eu não o teria encontrado onde o encontrei. Portanto, o senhor provavelmente já deve saber que um cavalo preto de minha propriedade vai participar do Derby, e que tudo dependerá do êxito dessa corrida. Se meu cavalo vencer, tudo ficará fácil. Se perder – bem, não ouso pensar nisso!

– Compreendo a situação – disse Holmes.

Перейти на страницу:

Все книги серии Aventura

Похожие книги

Смерть дублера
Смерть дублера

Рекс Стаут, создатель знаменитого цикла детективных произведений о Ниро Вулфе, большом гурмане, страстном любителе орхидей и одном из самых великих сыщиков, описанных когда-либо в литературе, на этот раз поручает расследование запутанных преступлений частному детективу Текумсе Фоксу, округ Уэстчестер, штат Нью-Йорк.В уединенном лесном коттедже найдено тело Ридли Торпа, финансиста с незапятнанной репутацией. Энди Грант, накануне убийства посетивший поместье Торпа и первым обнаруживший труп, обвиняется в совершении преступления. Нэнси Грант, сестра Энди, обращается к Текумсе Фоксу, чтобы тот снял с ее брата обвинение в несовершённом убийстве. Фокс принимается за расследование («Смерть дублера»).Очень плохо для бизнеса, когда в банки с качественным продуктом кто-то неизвестный добавляет хинин. Частный детектив Эми Дункан берется за это дело, но вскоре ее отстраняют от расследования. Перед этим машина Эми случайно сталкивается с машиной Фокса – к счастью, без серьезных последствий, – и девушка делится с сыщиком своими подозрениями относительно того, кто виноват в порче продуктов. Виновником Эми считает хозяев фирмы, конкурирующей с компанией ее дяди, Артура Тингли. Девушка отправляется навестить дядю и находит его мертвым в собственном офисе… («Плохо для бизнеса»)Все началось со скрипки. Друг Текумсе Фокса, бывший скрипач, уговаривает частного детектива поучаствовать в благотворительной акции по покупке ценного инструмента для молодого скрипача-виртуоза Яна Тусара. Фокс не поклонник музыки, но вместе с другом он приходит в Карнеги-холл, чтобы послушать выступление Яна. Концерт проходит как назло неудачно, и, похоже, всему виной скрипка. Когда после концерта Фокс с товарищем спешат за кулисы, чтобы утешить Яна, они обнаруживают скрипача мертвым – он застрелился на глазах у свидетелей, а скрипка в суматохе пропала («Разбитая ваза»).

Рекс Тодхантер Стаут

Классический детектив
1984. Скотный двор
1984. Скотный двор

Роман «1984» об опасности тоталитаризма стал одной из самых известных антиутопий XX века, которая стоит в одном ряду с «Мы» Замятина, «О дивный новый мир» Хаксли и «451° по Фаренгейту» Брэдбери.Что будет, если в правящих кругах распространятся идеи фашизма и диктатуры? Каким станет общественный уклад, если власть потребует неуклонного подчинения? К какой катастрофе приведет подобный режим?Повесть-притча «Скотный двор» полна острого сарказма и политической сатиры. Обитатели фермы олицетворяют самые ужасные людские пороки, а сама ферма становится символом тоталитарного общества. Как будут существовать в таком обществе его обитатели – животные, которых поведут на бойню?

Джордж Оруэлл

Классический детектив / Классическая проза / Прочее / Социально-психологическая фантастика / Классическая литература