Читаем Sherlock Holmes - Edicao completa полностью

– Valha-me Deus, parece de difícil acesso. No entanto, você pode observar que debaixo há uma trepadeira e, em cima, um cano d’água que pode servir de apoio para os pés.

– Eu mesmo não poderia subir ali – disse Bennett.

– É bem provável que não. Seria, com certeza, uma façanha perigosa para qualquer homem normal.

– Há uma outra coisa que eu queria lhe dizer, sr. Holmes. Tenho o endereço do homem de Londres para quem o professor escreve. Parece que ele escreveu esta manhã, e percebi isto pelo seu mata-borrão. É uma atitude ignóbil para um secretário de confiança, porém, o que mais posso fazer?

Holmes deu uma olhada no papel e enfiou-o no bolso.

– Dorak – um nome curioso. Eslavo, eu imagino. Bem, isto é um elo importante da cadeia. Voltaremos esta tarde, sr. Bennett. Não vejo necessidade de ficar aqui. Não podemos prender o professor porque não cometeu nenhum crime, nem podemos deixá-lo confinado, pois não se pode provar que esteja louco. Por enquanto não se pode tomar nenhuma atitude.

– Então, que diabo faremos?

– Um pouco de paciência, sr. Bennett. Logo as coisas vão melhorar. A menos que eu esteja enganado, na próxima terça-feira pode haver uma crise. Com certeza nesse dia estaremos em Camford. Enquanto isto, o quadro geral sem dúvida é desagradável, e se a srta. Presbury puder prolongar sua visita...

– Isto é fácil.

– Então deixe-a ficar aqui até que possamos garantir que não há mais perigo. Enquanto isso, deixe-o fazer o que bem entender e não o contradiga. Desde que ele esteja de bom humor, tudo bem.

– Lá está ele! – disse Bennett num sussurro sobressaltado. Espiando por entre os galhos, vimos a figura alta e ereta sair pela porta do hall e olhar à sua volta. Ele ficou inclinando  para a frente, as mãos balançando estendidas à sua frente, virando a cabeça de um lado para o outro. O secretário, com um último aceno, desapareceu por entre as árvores, e nós o vimos logo depois aproximar-se do patrão. Os dois entraram em casa juntos, entretidos numa conversa que parecia animada e até mesmo exaltada.

– Acho que o velho cavalheiro está exigindo explicações – disse Holmes, enquanto caminhávamos para o hotel. – Pelo pouco que pude observar, ele me impressionou pela mente particularmente lúcida e lógica. Explosivo, sem dúvida, mas, de acordo com o seu ponto de vista, ele tinha motivo para explodir, se puseram detetives em sua pista e ele suspeita que sua própria família tenha feito isso. Acho que o amigo Bennett está ameaçado de passar momentos desconfortáveis.

No caminho, Holmes parou numa agência do correio e mandou um telegrama. A resposta chegou à tarde, e ele a arremessou para mim. “Visitei a Commertial Road e estive com Dorak. Pessoa agradável, natural da Boêmia, de idade madura. Dirige grande loja de departamentos. Mercer.”

– Mercer está conosco desde o seu tempo – disse Holmes. – É meu auxiliar geral e trata dos trabalhos de rotina. Era importante saber alguma coisa a respeito do homem com quem nosso professor estava se correspondendo tão secretamente. A nacionalidade dele tem relação com a visita do professor a Praga.

– Graças a Deus que pelo menos uma coisa tem relação com a outra – eu disse. – No momento parece que estamos nos defrontando com uma longa série de incidentes inexplicáveis, sem relação entre eles. Por exemplo, que relação pode haver entre um cão pastor e uma visita à Boêmia, ou entre ambas as coisas e o homem engatinhando por um corredor durante a noite? Quanto às suas datas, este é o maior embuste de todos.

Holmes sorriu e esfregou as mãos. Estávamos sentados na velha sala de estar do antigo hotel, tendo entre nós, sobre a mesa, uma garrafa da famosa safra de vinho de que Holmes falara.

– Bem, agora vamos ver primeiro as datas – ele disse, as pontas dos dedos unidas e o jeito de quem está falando para uma turma de alunos... – O diário desse excelente rapaz mostra que houve problemas no dia 2 de julho, e daí em diante parece que ocorreram com intervalos de nove dias, e pelo que me lembro, com uma única exceção. Assim, o último ataque na sexta-feira ocorreu no dia 3 de setembro, dia que também se encaixa na série, assim como o dia 26 de agosto, que o precedeu. A coisa vai além da coincidência.

Fui obrigado a concordar.

– Então vamos elaborar a teoria provisória de que o professor, de nove em nove dias, toma alguma droga forte, que possui um efeito altamente tóxico, mas passageiro. Sua índole violenta intensifica-se com isto. Ele aprendeu a tomar esta droga quando estava em Praga, e agora ele a recebe de um intermediário boêmio de Londres. Tudo isso coincide, Watson!

– Mas e o cachorro, o rosto na janela, o homem andando de quatro no corredor?

– Bem, bem, conseguimos começar. Eu não esperaria novos acontecimentos até a próxima terça-feira. Enquanto isso, só podemos ficar em contato com o amigo Bennett e desfrutar das amenidades desta cidade encantadora.

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