Читаем Sherlock Holmes - Edicao completa полностью

– Ele o viu uma ou duas vezes, mas ele é um finório e não conta nada. A princípio pensou que ele fosse da polícia, mas logo descobriu que ele tinha alguma posição própria. Ele era uma espécie de cavalheiro, pelo que ele pôde ver, mas não conseguiu saber o que ele estava fazendo.

– E onde foi que ele disse que o homem vivia?

– Entre as casas antigas na encosta da colina, as cabanas de pedra onde o povo antigo morava.

– Mas, e quanto à sua comida?

– Selden descobriu que ele tem um menino que trabalha para ele, que leva e traz tudo que ele precisa. Ouso dizer que ele vai buscar em Coombe Tracey as coisas de que precisa.

– Muito bem, Barrymore. Podemos falar mais sobre isto em outra ocasião. – Depois que o mordomo saiu, fui até a janela escura e olhei através de uma vidraça manchada para as nuvens que passavam e para a silhueta agitada das árvores varridas pelo vento. A noite estava tempestuosa lá fora, e imaginei como devia estar numa cabana de pedra acima do pântano. Que ódio pode ser esse que leva um homem a se esconder num lugar desses numa ocasião dessas! E que objetivo profundo e sério pode ele ter que exija uma tal provação! Lá, naquela cabana acima do pântano, parece estar o próprio centro daquele problema que me perturba tão dolorosamente. Jurei que não se passaria outro dia sem que eu fizesse tudo que um homem pode fazer para chegar ao âmago do mistério.

o homem sobre o pico rochoso

O trecho do meu diário particular que constitui o último capítulo atualizou a minha narrativa até o dia 18 de outubro, ocasião em que estes estranhos acontecimentos começaram a se encaminhar rapidamente para a sua terrível conclusão. Os incidentes dos dias seguintes estão indelevelmente gravados na minha memória, e posso contá-los sem recorrer às anotações feitas na ocasião. Começo, portanto, no dia seguinte àquele em que eu havia estabelecido dois fatos de grande importância, um que a sra. Laura Lyons, de Coombe Tracey, havia escrito a sir Charles Baskerville e marcado um encontro com ele no lugar e na hora em que ele veio a morrer, o outro, que o homem escondido no pântano podia ser encontrado entre as cabanas de pedra na encosta da colina. De posse desses dois fatos, achei que a minha inteligência ou a minha coragem deviam ser insuficientes se eu não conseguisse lançar mais alguma luz sobre estes lugares misteriosos.

Não tive oportunidade de contar ao baronete o que soubera a respeito da sra. Lyons na noite anterior, porque o dr. Mortimer ficou jogando cartas com ele até muito tarde. Mas no café-da-manhã falei-lhe sobre a minha descoberta e perguntei a ele se queria me acompanhar até Coombe Tracey. A princípio ele ficou muito ansioso para ir, mas, pensando bem, achamos que se eu fosse sozinho os resultados podiam ser melhores. Quanto mais formal fosse a visita, menos informações conseguiríamos obter. Deixei sir Henry para trás, portanto, não sem alguns escrúpulos de consciência, e parti de charrete para a minha nova investigação.

Quando cheguei a Coombe Tracey, disse a Perkins para guardar os cavalos e fiz perguntas sobre a dama a quem eu viera interrogar. Não tive nenhuma dificuldade em descobrir onde morava, um lugar central e conhecido. Uma criada deixou-me entrar sem cerimônia, e quando cheguei à sala, uma dama que estava sentada diante de uma máquina de escrever Remington ergueu-se vivamente com um sorriso agradável de boas-vindas. Mas ficou desapontada quando viu que eu era um estranho, e sentou-se novamente, perguntando-me o objetivo da minha visita.

A primeira impressão deixada pela sra. Lyons foi de extrema beleza. Seus olhos e cabelos eram do mesmo tom vivo castanho-avermelhado, e suas faces, embora bastante sardentas, estavam coradas pela frescura encantadora de um moreno trigueiro, como o rosa delicado que se esconde no centro da rosa amarela. De admiração foi, repito, a primeira impressão. Mas a segunda foi de crítica. Havia alguma coisa sutilmente errada no rosto, certa aspereza de expressão, certa dureza, talvez, do olhar, certa frouxidão da boca que perturbavam sua beleza perfeita. Mas estes, naturalmente, são pensamentos posteriores. Naquele momento fiquei apenas consciente de que estava na presença de uma mulher muito bonita e que ela estava perguntando o motivo da minha visita. Eu não tinha compreendido totalmente, até aquele instante, como a minha missão era delicada.

– Tenho o prazer – disse eu – de conhecer o seu pai.

Foi uma apresentação desajeitada, e a dama me fez sentir isso.

– Não há nada em comum entre mim e meu pai – disse ela. – Não devo nada a ele e os amigos dele não são meus amigos. Se não fosse o falecido sir Charles Baskerville e alguns outros corações compassivos, eu podia morrer de fome que meu pai pouco se importava.

– É a respeito do falecido sir Charles Baskerville que vim procurá-la.

As sardas se projetaram no rosto da dama.

– O que posso dizer-lhe sobre ele? – perguntou ela, e seus dedos tocaram nervosamente nas teclas da sua máquina de escrever.

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